Lembra-se dos gelados da Camy? Esta é a história da “gelada” disputa com a Nestlé que ressuscitou a marca

A Camy, marca icónica de gelados, conhecida por várias gerações, voltou ao mercado após anos de incerteza e litígios com a gigante suíça Nestlé. Originalmente sediada em Alicante, a Camy foi adquirida pela multinacional nos anos 1960, tornando-se uma das suas principais marcas.

Executive Digest Contents
Setembro 6, 2025
15:00

A Camy, marca icónica de gelados, conhecida por várias gerações, voltou ao mercado após anos de incerteza e litígios com a gigante suíça Nestlé. Originalmente sediada em Alicante, a Camy foi adquirida pela multinacional nos anos 1960, tornando-se uma das suas principais marcas.

Nessa época, surgiu também a Avidesa, fundada pelo empresário valenciano Luis Suñer, que rapidamente se destacou no setor e chegou a patrocinar o Mundial de futebol de 1982. A Avidesa enfrentou sérios problemas: em 1981, Suñer foi sequestrado pela ETA e, em 1982, uma inundação devastou a fábrica em Alzira. Após a morte de Suñer em 1990, a empresa foi vendida à Nestlé, que unificou as marcas Avidesa, Camy e Miko sob o nome Helados Nestlé.

Em 2003, a Nestlé decidiu reduzir os negócios em Espanha, e a fábrica de Alzira foi comprada por Guillermo Lamsfus, que passou a produzir gelados independentemente da multinacional.

Seguiu-se uma batalha judicial para recuperar as marcas. Em 2017, o tribunal autorizou a empresa valenciana a usar novamente a marca Avidesa, e em 2019 o tribunal confirmou que a Nestlé não utilizava as marcas Camy e Apolo de forma significativa, abrindo caminho para o seu renascimento.

Desde 2020, a Camy voltou ao mercado, agora sob a gestão da empresa valenciana, incluindo os produtos das marcas Kinder e Ferrero Rocher.

Partilhar

Edição Impressa

Assinar

Newsletter

Subscreva e receba todas as novidades.

A sua informação está protegida. Leia a nossa política de privacidade.